Nascido em uma família de artistas, Sidney Magal começou sua carreira nos anos 70, cantando em programas de televisão, boates e casas noturnas. Nessa época, ele já dividia o palco com nomes como Emílio Santiago e Alcione. Foi na Europa que Magal se tornou o artista que o Brasil todo viria a conhecer. Em 1971, o cantor viajou para o velho continente e acompanhou um grupo folclórico brasileiro, que executava canções de vários estilos da música nacional. Nessa mesma temporada na Europa, Magal veio a se juntar a um grupo italiano, que contava com um repertório variadíssimo. Durante os dois anos que passou cantando em países como a Áustria, Itália, Alemanha e Suíça, Magal foi criando seu estilo performático e compondo seu guarda-roupa característico. Com a bagagem musical enriquecida, o cantor voltou ao Brasil e, em 1975, retomou as apresentações na noite, participando inclusive de um dos grandes espetáculos da época: "O Rio Amanheceu Cantando", uma homenagem à vida e obra de João de Barro (Braguinha), ao lado de artistas do quilate de Elizabeth Cardoso, MPB4 e Quarteto em Cy. Em 1976, toda sua dedicação e amor ao trabalho lhe valeu um contrato com a Polygram, pela qual gravou seu primeiro disco. Magal permaneceu no cast da gravadora por dez anos, mantendo-se sempre em evidência com seus hits. Nasceu daí a parceria de sucesso com o empresário Robert Livi, Foi também com Livi que Magal começou a mostrar sua versatilidade artística, em 1979, quando atuou no longa-metragem "Amante Latino". O filme era uma produção de Livi e Livio Bruni, com direção de Pedro Rovai e roteiro de Paulo Coelho. Ao longo dessa fase inicial, Magal se consagrou com sucessos como "Se te Agarro Com Outro te Mato”, “Sandra Rosa Madalena”, “Amante Latino”, “Meu Sangue Ferve Por Você”, “Tenho”, “A Moça” e muitos outros... Em 1980, Sidney Magal gravou seu primeiro disco em espanhol, com produção de Robert Livi. O álbum foi distribuído para países de toda a América Latina. No ano seguinte, o compacto "Quero te Fazer Feliz" foi responsável por mais um disco de ouro em sua carreira. Em 1984, o cantor deu uma virada em sua trajetória com o lançamento do disco "Vibrações", com arranjos do consagrado Lincoln Olivetti, conhecido pelos trabalhos que fez com grandes estrelas da MPB. Em 1989, Magal lançou um disco pela Som Livre, firmando grande amizade com Heleno de Oliveira e Max Pierre, que na ocasião era diretor artístico da gravadora. Nos anos de 1990 e 1991, o cantor foi contratado pela Sony Music e deu uma nova guinada, gravando, entre outros sucessos produzidos por Max Pierre, a música "Me Chama que Eu Vou", tema de abertura da novela das oito da Rede Globo, "Rainha da Sucata". Era a época da lambada, que ganhou o mundo e encontrou em Magal um de seus ícones, devido à vivência que o artista já tinha com ritmos latinos. Nesse período, Magal gravou seu segundo álbum em espanhol, também lançado em toda a América Latina, com resposta positiva. Sua faceta de ator começou a se tornar mais conhecida do público quando Magal participou da novela "Ana Raio e Zé Trovão", em 1991, na Rede Manchete, a convite do diretor da produção, Jayme Monjardim. Seu talento foi confirmado em 1993, quando estreou, no Teatro Ginástico, no Rio de Janeiro, o musical "Charity Meu Amor", com direção de Marília Pêra. A performance de Magal como ator e cantor no espetáculo arrebatou elogios, conquistando a crítica musical e teatral. Após o musical, Magal se recolheu para pensar nos rumos que daria à sua carreira. O leque de opções cada vez mais se abria. Então, em 1995, em dezembro, o cantor presenteou o público com o lançamento de seu 15º disco. Foi mais uma surpresa para o mercado, que recebeu com encantamento o álbum "Sidney Magal & Big Band", no qual o artista reviveu grandes canções das décadas de 1930 a 1960, gravadas na cidade americana de Los Angeles, acompanhado, como bem indica o título do disco, de uma autêntica big band. Em 1996, Magal voltou a atuar em uma novela. Desta vez, na Bandeirantes, com "O Campeão", compondo um elenco que contava com grandes nomes, como Marília Pêra, Paulo Goulart, Sergio Mamberti e Nathalia Timberg. Ainda naquele ano, o cantor novamente brindou a todos com uma atuação de gala no teatro. Ele foi chamado para protagonizar o musical "Roque Santeiro", vivendo o papel-título da obra de Dias Gomes, que já havia sido consagrada em sua versão para a televisão. Nos palcos, o Roque Santeiro de Magal dividiu a cena com a Viúva Porcina de Nicete Bruno, ao lado de um grande elenco dirigido por Bibi Ferreira. Nos anos seguintes, Magal participou de projetos como “Tributo a Dalva de Oliveira” (1997), “Casa do Forró” (1998) e “Discoteca do Chacrinha” (1999), sendo que, neste último, o cantor teve incluídas três músicas de seu repertório. Nesse período, Magal investiu em uma linha mais dançante da música latina, lançando um disco pela gravadora Paradox (“Aventureiro”) e, posteriormente, em 2000, sendo contratado pela Universal Music, que lançou o álbum “Baila Magal ", reunindo clássicos latinos e musicas inéditas, com arranjos de Lincoln Olivetti, do Roupa Nova e do DJ Memê, que injetou pitadas dance music no trabalho. Em 2002, foi a vez de reativar a carreira como ator. Magal participou do filme "Caminho das Nuvens", contracenando com Claudia Abreu e Wagner Moura no longa de estréia de Vicente Amorim, produzido pela LC Barreto e Globo Filmes. No ano seguinte, Magal substitui Wolf Maia no elenco do musical "Eu te Amo, Você É Perfeita, Agora Muda!", dirigida pelo próprio Wolf. Em cena, atuou ao lado de Silvia Massari, Rita Guedes e Aloisio Abreu. Entre 2003 e 2004, Magal foi destaque em mais duas novelas da Rede Globo. Em “Kubanacan”, ele compareceu com uma música na trilha sonora da produção. Em “Da Cor do Pecado”, voltou a trabalhar como ator, não só conquistando novos elogios da crítica como também consolidando sua imagem junto ao público infantil. O redescobrimento da música de Magal, principalmente pelas novas gerações, ganhou força em janeiro de 2005, quando o programa “Fantástico”, da Rede Globo, lançou um clipe da música "Tenho" em uma versão totalmente repaginada, com direção de Pedro Becker e participação da atriz Debora Falabella e do jornalista e escritor Xico Sá. Em 2005, Magal fez uma participação especial no filme "Amazônia Misteriosa”, de Ivan Cardoso, contracenando com Daniele Winits. No mesmo ano, depois de estrelar um comercial de automóvel da Fiat, voltou a atacar nas novelas da Globo. Em “Bang-bang”, Magal viveu o insólito Zorroh, uma versão afetada do tradicional herói mascarado Zorro, que na trama ganhava a vida como cabeleireiro. Em abril de 2006, o cantor lança o DVD e CD ao vivo com os grandes sucessos de sua careira e interpretações pessoais de canções consagradas internacionalmente, com participações de nomes como Cláudio Zoli e As Frenéticas. Em setembro daquele ano, o talento de Magal como ator foi testado e aprovado em um trabalho como dublador, quando fez a voz do pingüim Amoroso no longa de animação “Happy Feet” (vencedor do Oscar na categoria), que na versão original foi dublado pelo famoso comediante Robin Williams. Em 2007, Magal mais uma vez abrilhantou a abertura de uma novela da Globo com uma de suas interpretações, com a música “Nada Além” como tema da produção “Eterna Magia”. Também na teledramaturgia da Rede Record o cantor marcou presença, cantando “Spot Light” para a trilha sonora da novela “Luz do Sol”. De novo na Globo, teve uma canção na trilha da novela “Desejo Proibido”: “Céu Cor de Rosa”. Como se não fosse o bastante, Magal também contou com uma música na trilha do filme "O Homem que Desafiou o Diabo", de Moacyr Góes, cantando “Vem me Seduzir”. Em 2008, Magal foi convidado para a capa da irreverente revista “M...”, para a qual deu uma extensa entrevista sobre sua carreira e sua visão de mundo, além de participar de um ensaio fotográfico da publicação. No mesmo ano, foi escalado estrelar o programa humorístico diário “Uma Escolhinha Muito Louca”, na Band, no qual faz o papel de professor de alunos interpretados por comediantes e atores conhecidos ou da nova geração. Na vida pessoal, Sidney Magal é o que se pode chamar de um homem realizado. Casado há 27 anos com Magali West, tem três filhos: Rodrigo, Gabriella e Nathalia. Como bom geminiano, é uma pessoa tranqüila. Prefere a vida diurna e gosta de coisas simples, como reunir os amigos para um churrasco, ir à praia ou simplesmente ir ao supermercado para fazer compras. Mora na Bahia e adora ficar em casa com a família, onde sempre promove sessões de cinema com direito a pipoca e guaraná. Como hobby, joga vôlei na praia e boliche.