Pensei que pudesse largar o batuque e a brahma
  Chegar logo em casa, vestir o pijama
  Ir cedo pra cama quando acordar
  Sorrindo fazer teu café e levar de surpresa
  Regar o jardim, voltar pra empresa
  Pra teres um dia orgulho de mim, ah, meu Deus
  
  Mas a tarde começa a cair e eu perco o sossego
  Sentindo correr no meu sangue de negro
  O chamado do samba e do botequim
  
  Quando volto finges dormir
  E manténs no semblante completa inocência
  Mas minha vista apesar de turvada
  Vai além da aparência
  
  Minhas mãos de rude aventureiro
  Vão em busca do seu travesseiro
  Mas a fronha molhada me diz
  Que choraste outra ausência
  E a fronha molhada me diz
  Que choraste outra ausência