Carnaval, desengano
  Deixei a dor em casa me esperando
  E brinquei e gritei e fui vestido de rei
  Quarta feira sempre desce o pano
  
  Carnaval, desengano
  Essa morena me deixou sonhando
  Mão na mão, pé no chão
  E hoje nem lembra não
  Quarta feira sempre desce o pano
  
  Era uma canção, um só cordão
  E uma vontade
  De tomar a mão
  De cada irmão pela cidade
  
  No carnaval, esperança
  Que gente longe viva na lembrança
  Que gente triste possa entrar na dança
  Que gente grande saiba ser criança
  
  
  
  1965 © by Editora Musical Arlequim Ltda