Na minha lembrança a moça arrebatava o chão
Do meu coração, tablado solto no sem-fim
Sim, roçava a franja nos desejos do salão
Não pintava a boca só pra mim
Lembro da encarnada moça na iluminação
Encarnada num tablado de encarnado igual
A boca pintada de sangrado coração
Sendo a rosa e o fogo, o bem e o mal
Pra sempre minha onde seu corpo for
Descansar, distrair
Para sempre moça quando o meu amor
Precisar e pedir
Na minha cabeça, moça, a íntima sessão
Sem saia encarnada, nada, num passado assim
Mal iluminado, sua própria encarnação
Fundos de memória, camarim
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