Nuvens de tormenta, estrela-d’alva
  Nunca venta, sempre lacre e breu
  Nasce uma criança entre nós homens
  O menino aguenta
  O menino salva
  O menino é eu
  O menino sou eu
  
  Nada vale, não, não vale nada
  Tudo desde sempre se perdeu
  Lágrimas no vale caem, somem
  O menino nada
  O menino homem
  O menino é eu
  O menino sou eu
  
  Sangue escuro no meu coração
  Noite sobre a terra e sobre o mar
  Eis porém que vem essa criança
  Eis a estrela-d’alva!
  
  O menino salva as madrugadas
  Nada contra a força da maré
  Viro para o céu e olho na cara
  O menino aguenta
  O menino d’alva
  O menino sou eu
  O menino é eu
  
  O menino é