Por baixo do vestido: a timidez
  Baixo da timidez: a seda fina
  Baixo dela: uma nuvem de calor
  Baixo desse calor: um perfume da China
  E por baixo do cheiro: a rede elétrica
  Baixo da rede elétrica: os pelos
  E por baixo dos pelos: as estradas
  Que conduzem nos fios os teus arrepios
  Manifestos em ois! e uis! e ais!
  Lá onde a razão não chega mais
  E por baixo de tudo
  O mundo fica mudo
  E a tua franqueza toda nua
  Que se veste de luxo em pele crua