A leste das montanhas da nação Cherokee
Um índio de motocicleta cruza o deserto.
Ao longe o cemitério onde dorme o pai,
Mas ele sabe que seu pai não está ali.
É mais além.
A linha que separa
O mar do céu de chumbo
A gaivota caça o peixe radioativo;
O náufrago retém a última miragem
E morre como se continuasse vivo.
É mais além, é mais além
Um pouco de exagero, não é nada demais
Um olho nas estrelas, outro olho aqui:
O astrônomo lunático
Brincando com o sol
Descobre que a distância
É mais do que um cálculo
É mais, é mais, é mais além
A lua metafísica na poça de lama,
Ponteiros que disparam
Ao contrário das horas
Hora de saber o que mudou em você
Que olha no espelho e não vê ninguém
É mais, é mais, é mais, é mais além
O homem sobre a areia como era no início,
Roçando duas pedras, uma em cada mão;
Descobre a fagulha
Que incendeia o paraíso,
E imaginou que havia inventado Deus
É mais, é mais, é mais, é mais, é mais além.