No semblante
  Ele tem a verdade
  O esforço se vê na mão
  O sorriso é coisa rara
  No caboclo do meu sertão
  
  Ele enfrenta o tempo disposto
  Não conhece a recessão
  Ele briga com a natureza
  No inverno e no verão
  São as qualidades natas
  Do caboclo do sertão
  
  Respeita, cobrando o mesmo
  Não aceita provocação
  Medo não tem vidência
  No caboclo do sertão
  Só a saudade é que mata
  O homem deste rincão
  Bastante somente deixar
  O seu pedaço de chão
  É quando os olhos marejam
  No caboclo do sertão
  
  Tem amor e ninguém sabe
  Tem tristeza e ninguém ver
  Tem carinho à sua moda
  Pra ninguém compreender
  Por aí está se vendo
  Que também tem coração
  
  É a rudeza nativa
  Do caboclo do sertão } bis
  
  por nelson de campos