Arde na terra a solidão da lua
  Iluminando meu olhar perdido
  Entre campinas, abismos e chapadas
  Meus olhos queimam a última lembrança
  Como fogueira em noite de estrelas
  Me deito só
  Com vista para o mundo
  Calando fundo meus sonhos,
  minhas queixas
  Mas alço vôo em busca de teus passos
  Piso descalço na terra do teu corpo
  Suave passo, suave gosto,
  cheiro de mato
  Meu braço laço, te lanço em segredo
  
  Vem ser meu canto, meu verso,
  meu soneto
  Vem ser poema no árido deserto
  Serei oásis, silêncio, festejo
  Serei sertão nas horas de aconchego