Na mão do poeta
  O sol se levanta
  E a lua se deita
  Na côncava praça
  Aponta o poente
  O apronte o levante
  Crescente da massa
  
  Aos pés do poeta
  A raça descansa
  De olho na festa
  E o céu abençoa
  Essa fé tão profana
  Oh! Minha gente baiana
  Goza mesmo que doa
  
  
  *Refrão
  
  Abolição
  No coração do poeta
  Cabe a multidão
  Quem sabe essa praça repleta
  
  Navio negreiro já era
  Agora quem manda é a galera
  Nessa cidade nação
  Cidadão
  Abolição