Sofrer
não faço outra coisa da vida
a minha alma sofrida
quer descansar sem saber
como abandonar de vez
essa pele ferida
maltratada e curtida
tudo o que a vida me fez
Não dizer
quem abriu esta ferida
nem se foi mordida ou beijo
que marcou esse destino assim
Veneno de um punhal
que me pôs dentro do peito
um punhado de desejo
e esta lua esquecida