você pode até latir, você pode até bradar
você pode coibir que eu não vou me abalar
só não mexa no meu jeito de dançar
essa roda nos abraça, essa gira é pra girar
é só chegar no barracão que o couro vai dobrar
só não mexa no meu jeito de dançar
só não mexa
pode olhar atravessado
é nosso jeito de expressar
quando se entra na roda, pai
ninguém quer parar
a droga da moda muda e ninguém te acode quando o povo julga
a bola da vez é um plano de fuga pra não te encontrar na madruga
é o caso do rei que domina essa lei que nós temos no nosso lugar
é o caso do cabo de guerra que sempre arrebenta no mesmo lugar
eu preciso falar dessa nossa verdade que vem do nordeste
pra criança da rua, a mulher da cidade, pro cabra da peste
roda, gira
gira na roda
eu preciso falar dessa nossa verdade que vem do nordeste
nunca é tarde demais
pode olhar atravessado (mas vê se muda)
é nosso jeito de expressar
quando se entra na roda, pai
ninguém quer (mais...)
pode olhar atravessado (mas vê se muda)
é nosso jeito de expressar
quando se entra na roda, pai
ninguém quer parar
roda, gira
nunca é tarde demais