Eu estava na cidade comprando milho pras galinhas
  Quando um garoto chegou correndo para me avisar
  Que a diligência do correio tinha deixado uma carta pra mim
  Uma carta? De quem seria essa merda? ...é, pois é... , mas...
  ah... que era da prefeitura de Anarkilópolis
  Me convidando para uma festa da sua emancipação
  Ok boy.
  
  Uísque de montão eu vou beber
  E fazer tudo que eu quero fazer
  Cada um manda no seu nariz
  Por isso que o povo lá é feliz
  É isso aí!
  Meu filho, é isso aí...
  Agora
  
  Montei no meu "silver-jegue"
  E parti com o firme propósito
  de unir o útil ao agradável
  Pois Anarkilópolis era também
  O berço da minha amada
  A bela Josefina Lee
  Filha única do meu amigo
  Xerife James Adean
  Enquanto o jegue seguia rinchando
  Eu seguia pela estrada cantando:
  
  Eu não sou besta pra tirar onda de herói
  Sou vacinado, eu sou cowboy
  Cowboy fora da lei
  Durango Kid só existe no gibi
  E quem quiser que fique aqui
  Entrar pra história é com vocês
  
  Quando eu e meu jegue chegamos em Anarkilópolis
  Pensei que tinha me enganado até de cidade
  Tinha uns caras mal encarados armados até os dentes
  Percebi logo a situação
  Os bandidos haviam dominado o lugar
  E mantinham todos como reféns
  James Adean não era mais o Xerife
  E só se via a cara das pessoas com tristeza e medo
  
  Deus me livre, quase que eu dancei
  Dedo no gatilho era da lei
  Sozinho e desarmado estava ali
  Pra o diabo, os que me chamaram aqui
  Foi então...
  
  Eu não sou besta pra tirar onda de herói
  Sou vacinado, eu sou cowboy
  Cowboy fora da lei
  Durango Kid só existe no gibi
  E quem quiser que fique aqui
  Entrar pra história é com vocês
  
  Meu filho, é isso aí...