Eu não posso mais ficar aqui
  A esperar!
  Que um dia de repente
  Você volte para mim...
  
  Vejo caminhões
  E carros apressados
  A passar por mim
  Estou sentado à beira
  De um caminho
  Que não tem mais fim...
  
  Meu olhar se perde na poeira
  Dessa estrada triste
  Onde a tristeza
  E a saudade de você
  Ainda existe...
  
  Esse sol que queima
  No meu rosto
  Um resto de esperança
  De ao menos ver de perto
  O seu olhar
  Que eu trago na lembrança...
  
  Preciso acabar logo com isso
  Preciso lembrar que eu existo
  Que eu existo, que eu existo...
  
  Vem a chuva, molha o meu rosto
  E então eu choro tanto
  Minhas lágrimas
  E os pingos dessa chuva
  Se confundem com o meu pranto...
  
  Olho prá mim mesmo e procuro
  E não encontro nada
  Sou um pobre resto de esperança
  À beira de uma estrada...
  
  Preciso acabar logo com isso
  Preciso lembrar que eu existo
  Que eu existo, que eu existo...
  
  Carros, caminhões, poeira
  Estrada, tudo, tudo, tudo
  Se confunde em minha mente
  Minha sombra me acompanha
  E vê que eu
  Estou morrendo lentamente...
  
  Só você não vê que eu
  Não posso mais
  Ficar aqui sozinho
  Esperando a vida inteira
  Por você
  Sentado à beira do caminho...
  
  Preciso acabar logo com isso
  Preciso lembrar que eu existo
  Que eu existo, que eu existo...
  
  Larará Larará Lararará!
  Larará Larará Lararará!
  Larará Larará Lararará!
  Larará Larará Lararará!
  Larará Larará Lararará!...