E por esse caminho que eu traço
  No meio do mato deixando um sinal
  Vou seguindo meu velho destino
  Que sempre me leva para o Pantanal
  
  Deixo o rancho já quase tapera
  E vou me atolando nesse lamaçal
  Pra buscar nesse mundo de Deus
  O sentido da vida no meu Pantanal
  
  Eh! Pantanal, sonho infinito
  Do caboclo caipira tocando a boiada
  Soltando seu grito
  Eh! Pantanal dos jacarés
  Que vão morrendo em silêncio
  Na beira das águas entre os aguapés
  
  Onça pintada, arara, tucano, bugio
  Tatu, tamanduá
  Vão seguindo no meio da mata
  O caminho da faca do homem que mata
  
  Eh! Pantanal, sonho infinito
  Do caboclo caipira tocando a boiada
  Soltando seu grito
  Eh! Pantanal dos jacarés
  Que vão morrendo em silêncio
  Na beira das águas entre os aguapés
  
  E por esse caminho que traço
  no meio do mato, deixando um sinal
  Vou cantando o lamento tristonho
  Dos bichos que morrem pelo Pantanal
  
  
  Onça pintada, arara, tucano, bugio
  Tatu, tamanduá
  Vão seguindo no meio da mata
  O caminho da faca do homem que mata
  
  Eh! Pantanal, sonho infinito
  Do caboclo caipira tocando a boiada
  Soltando seu grito
  Eh! Pantanal dos jacarés
  Que vão morrendo em silêncio
  Na beira das águas entre os aguapés
  
  Eh! Pantanal, eh! Pantanal
  Eh! Pantanal, eh! Pantanal
  
  (Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)