Catorze, catorze anos,
Doze anos, doze anos
Imagine um gringo daquele tamanho
Em cima da criança pobre nordestina,
Sufocada, magricela, seca, pequenina,
Ah, Nossa Senhora minha
O PIB da PIB que pimba no seco
Pimba no molhado
Pimba no seco saco seco
Peixe badesco na filha dos outros é refresco
Ô Senhora, Mãe Senhora,
Nessa hora olha pra tua menina, Senhora
A Prostituição Infantil Barata
É a criança coitadinha do Nordeste
Colaborando com o Produto Interno Bruto
E esse produto enterra bruto
Refrão: Que dor, que dor
Que suja a bandeira
Oi, essa quebradeira
Oisquindô - lalá
Catorze, catorze anos,
Doze anos, doze anos
VERSOS PARA POSSÍVEIS PARCERIAS
(Versos para possíveis parcerias)
O governo acha que se ela pega
Uma aidisinha não é nada, nada
Passa na vizinha, vai na rezadeira
Pede à benzedeira chá de aroeira
Que esse Produto Interno Bruto
Justifica tudo.
A grana da Europa que bate na porta
Doutor pouco se importa se ela seja porca
Vêm o godo, o visigodo, o germano, o bretão
Eita, globarbarização
O diabo zela a politipanela
Quando acende vela
Reza Ave-Maria todo o dia
Esse capeta pelo rabo
Soque esse diabo
Ah, ah, pinta-la-inha
Bê cana-bentinha
Cê cê de marré-deci
Refrão: Que dor, que dor,
Que suja a bandeira
Oi, essa quebradeira
Oisquindô - lalá