A noite no dia, a vida na morte, o céu no chão.
Pra ele, vingança dizia muito mais que o perdão.
O riso no pranto, a sorte no azar, o sim no não.
Pra ele, o poder valia muito mais que a razão.
Quando o sol da manhã vem nos dizer
Que o dia que vem pode trazer
O remédio pra nossa ferida,
Abre o meu coração.
Logo o vento da noite vem lembrar
Que a morte está sempre a esperar
Em um canto qualquer desta vida,
Quer queira, quer não.
O espanto na calma,
A coragem no medo,
Vai e vem.
O corpo sem alma,
Ainda na dor
Que o mal não tem.