Água que nasce na fonte serena do mundo
  
  E que abre um profundo grotão
  Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão
  Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
  Águas que banham aldeias e matam a sede da população
  Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão
  
  E depois dormem tranquilas no leito dos lagos, no leito dos
  lagos
  
  Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d'água é misteriosa canção
  Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar nuvem de
  algodão
  
  
  Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação
  
  Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na inundação
  Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o
  chão
  
  E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra
  
  
  Terra, planeta água