Não vou procurar quem espero
  Se o que eu quero é navegar
  Pelo tamanho das ondas
  Conto não voltar
  
  Parto rumo à primavera
  Que em meu fundo se escondeu
  Esqueço tudo do que eu sou capaz
  Hoje o mar sou eu
  
  Esperam-me ondas que persistem
  Nunca param de bater
  Esperam-me homens que desistem
  Antes de morrer
  
  Por querer mais do que a vida
  Sou a sombra do que eu sou
  E ao fim não toquei em nada
  Do que em mim tocou
  
  Eu vi, eu vi, eu vi, eu vi, eu vi
  Mas não agarrei
  Eu vi, eu vi, eu vi, eu vi, eu vi
  Mas não agarrei
  
  Parto rumo à maravilha
  Rumo à dor que houver pra vir
  Se eu encontrar uma ilha
  Paro pra sentir
  
  E dar sentido à viagem
  Pra sentir que eu sou capaz
  Se o meu peito diz coragem
  Volto a partir em paz
  
  Eu vi, eu vi, eu vi, eu vi, eu vi
  Mas não agarrei
  Eu vi, eu vi, eu vi, eu vi, eu vi
  Mas não agarrei
  
  Parto rumo à maravilha
  Rumo à dor que houver pra vir
  Se eu encontrar uma ilha
  Paro pra sentir
  
  E dar sentido à viagem
  Pra sentir que eu sou capaz
  Se o meu peito diz coragem
  Volto a partir em paz
  
  Eu vi, eu vi, eu vi, eu vi, eu vi
  Mas não agarrei
  Eu vi, eu vi, eu vi, eu vi, eu vi
  Mas não agarrei
  
  Eu vi, eu vi, eu vi, eu vi, eu vi
  Mas não agarrei
  Eu vi, eu vi, eu vi, eu vi, eu vi
  Mas não agarrei