Canto do Engenho Novo
                          
                               Eu sou nagô Oh Oh
  Lá da Costa da Mina
  Eu sou de lá, do lado de lá da maré (bis)
  
  Carregando a minha sina
  Fui levando a minha fé
  Do açucar pra o ouro
  Do ouro para o café
  Cortaram a minha alegria
  Mas nasceu outra raiz
  Depois arrancaram o meu peito
  E eu vivi da cicatriz
  
  Exeiê Babá
  Exeiê Babá
  Olha eu trouxe vinho branco
  Pro pilão de Oxalá
  
  No candomblé do Engenho Velho
  Eu entrei pra me benzer
  Tinha palha pra descanso
  E água fria pra beber
  A água veio da fonte
  A fonte eu não sei responder
  Eu não sei responder
  A menina da fonte é quem pode dizer
  Se o azul é de Oxossi
  O branco de babá Okê
  Oxum bordou seu vestido
  Com a cor do amanhecer
  Oxum é uma criança
  Que esqueceu de envelhecer
  E toda vez que ela dança
  A fonte para de gemer
  Oraê ê lê ô
  Ora lá ê lê ô