Punhal de Prata
Eu sempre andei descalço
No encalço dessa menina
E a sola dos meus passos
Tem a pele muito fina

Eu sempre olhei os olhos
Bem no fundo
Nas retinas
E a menina dos olhos
Me mata
Me alucina

Eu sempre andei sozinho
A mão esquerda vazia
A mão direita fechada
Sem medo
Por garantia
De encontrar quem me ama
Nara que me odeia
Com esse punhal de prata
Brilhando na lua cheia

Eu sendo mouro sou um cigano
Eu rasgo o oceano
Eu quebro esse mar
Morena, vem