Tristeza do Jeca (Com Sérgio Reis e Renato Teixeira)
                          
                               Nestes versos tão singelos
  Minha bela, meu amor
  Pra você quero contar
  O meu sofrer e a minha dor
  Eu sou como um sabiá
  Quando canta é só tristeza
  Desde o galho onde ele está
  
  Nesta viola eu canto e gemo de verdade
  Cada toada representa uma saudade
  
  Eu nasci naquela serra
  Num ranchinho beira-chão
  Todo cheio de buracos
  Onde a lua faz clarão
  Quando chega a madrugada
  Lá no mato a passarada
  Principia um barulhão
  
  Nesta viola, canto e gemo de verdade
  Cada toada representa uma saudade
  
  Lá no mato tudo é triste
  Desde o jeito de falar
  Pois o Jeca quando canta
  Dá vontade de chorar
  
  E o choro que vai caindo
  Devagar vai-se sumindo
  Como as águas vão pro mar
  
  Nesta viola, canto e gemo de verdade
  Cada toada representa uma saudade
  
  Eu sou como um sabiá
  Quando canta é só tristeza
  Desde o galho onde ele está