Nada de Novo
                          
                               Minha tarde é feita de jornais
  E de revistas, do som dessas buzinas
  De sinais, dos filmes em cartaz
  Que vou fazer?
  
  Minha tarde é toda pelas ruas
  Da cidade, desse trânsito infernal
  De assalto a trens e bancos
  E a polícia não tem pistas
  Que terror é sempre assim
  Que vou fazer?
  
  Por isso minha noite pode ser, quem sabe
  Só de sexo, de bares, de jantares
  De jograis, de batidas ou de uísques nacionais
  
  A manhã enfeita meu silêncio
  Minha mãe me desperta
  Faz café pelo sinal
  Mas só me acorde quando o dia já for tarde
  É sempre assim, que vou fazer
  É sempre assim