Bomba H Sobre São Paulo
                          
                               Foi depois que a luz passou
  E o calor nos assolou
  Depois do grito, o escuro, assombrado
  Primevo até
  
  Foi quando então, numa onda, a morte
  Desintegrante e por vezes feliz
  Passou por mim, eu segurei sua mão
  Colei seu seio de encontro a mim
  Num gesto de proteção
  
  Olhei pro céu que brilhante me gritava, que me escondesse
  Feri a vista na beleza do fim que nos aproximava
  Quando o calor do beijo seu, que procurando o meu
  Parecia pedir perdão pelo egoísmo
  
  E eu que até aí me achava muito ruim
  Chorei, chorei de amor pela humanidade
  
  É... o imenso gozo dos titãs
  De aço e cabos de meadas infindáveis
  De crianças tristes
  Risos que soam depois do fim
  E eu não sei que fim levou o meu
  Risos