A Página do Relampago Eletrico
                          
                               Abre a folha do livro
  Que eu lhe dou para guardar
  E desata o nó dos cinco sentidos
  Para se soltar
  Que nem o som clareia o céu nem é de manhã
  E anda debaixo do chão
  Mas avoa que nem asa de avião
  Pra rolar e viver levando jeito
  De seguir rolando
  Que nem canção de amor no firmamento
  Que alguém pegou no ar
  E depois jogou no mar
  
  Pra viver do outro lado da vida
  E saber atravessar
  Prosseguir viagem numa garrafa
  Onde o mar levar
  Que é a luz que vai tecer o motor da lenda
  Cruzando o céu do sertão
  E um cego canta até arrebentar
  O sertão vai virar mar
  O mar vai virar sertão
  Não ter medo de nenhuma careta
  Que pretende assustar
  Encontrar o coração do planeta
  E mandar parar
  Pra dar um tempo de prestar atenção nas coisas
  Fazer um minuto de paz
  Um silêncio que ninguém esquece mais
  Que nem ronco do trovão
  Que eu lhe dou para guardar
  
  A paixão é que nem cobra de vidro
  E também pode quebrar
  Faz o jogo e abre a folha do livro
  Apresenta o ás
  Pra renascer em cada pedaço que ficou
  E o grande amor vai juntar
  E é coisa que ninguém separa mais
  Que nem ronco de trovão
  Que eu lhe dou para guardar
  
  
  
  Postado por Darvin Luís Andrade