Sádico Poeta
Eu quero te comer feito antropófago,
Sugar teu sangue assim que nem vampiro,
Em ti vou me afunda que nem um naufrago,
Eu quero respirar o teu suspiro,
Beijar a tua boca envolvente,
No ar do teu sorriso flutuar,
Se acaso eu me tornar incoerente,
Em tuas garras quero me arranhar,
Eu sei que pode parecer loucura,
Mas eu te amo com muita ternura,
Eu quero te falar, que eu já não sou meu,
Agora sei que sou, completamente teu,
Vou mergulhar por entre suas pétalas,
Vou ser o mais comum dos imorais,
Eu quero me perder nessa floresta,
E ser o mais feroz dos animais,
Eu quero ser teu sádico poeta,
A tua serenata matinal,
Eu quero ser teu rumo tua meta,
Teu servo, anjo, santo, marginal,
Eu sei que pode parecer loucura,
Mas eu te amo com muita ternura,
Eu quero te falar, que eu já não sou meu,
Agora sei que sou, completamente teu,
Eu quero ser o prólogo contido,
Nas tuas poesias imortais,
Lá dentro do contexto inserido,
Das nossas aventuras conjugais,
Eu quero escalar tuas montanhas
E deslizar macio em teu suor
Vou ser o pequenino grão de areia,
De todos os teus sonhos, o melhor,
Eu sei que pode parecer loucura,
Mas eu te amo com muita ternura,
Eu quero te falar, que eu já não sou meu,
Agora sei que sou, completamente teu,