Tadinha
                          
                               A sua boquinha serena, perfeita
  No chão sem lençol ou coberta ela deita
  As suas mão cheias de calos doendo
  Tentando viver pela vida morrendo
  Eu sinto uma dor tão grande
  
  Quando ouço alguém comentar
  E sempre a dizer coitadinha
  Tadinha, tadinha. tadinha
  Eu sei que são coisas da vida
  Que não vou poder consertar
  
  Mas posso lhe dar meu carinho
  Será sempre minha, todinha
  Seus olhos profundos e tristes, que pena
  A sorte pra ela foi muito pequena
  No azul dos seus olhos eu vejo a vida
  Que o triste destino deixou sofrida