O Circo
Era uma vez um palhaço
Que andava sempre chorando
Por causa da bailarina
Que namorava o trapezista

Nem de pierrot nem de arlequim
Ela não via graça nele
Que se trancava no camarim
Até o circo acordar


Dentro do globo da morte
Alguém arrisca a vida
Por um minuto de glória
Pra esquecer toda tristeza

O engolidor de espadas quer
Arrepiar todo cabelo
E a obediência dos animais
Faz a platéia dizer: “Oh!”

Um dia a mulher barbada
Que era gamada no domador
Chamou o mágico e disse:
Faça abracadabra pra virar amor

Mas nem sempre é possível ter
Um final feliz pra animar
E lá no meio do picadeiro
O show não pode parar!