Quem Dá Mais
                          
                               Eu quero me ver em 1996
  Pois eu quero saber como vão ser as coisas por lá
  Eu preciso me ver em 1996
  E dizer sim ou não aos processos de vida de lá
  Outro dia eu sonhei que estava numa arena gigante
  Era eu o mais raro objeto vendido em leilão
  Gargalhadas soavam por toda essa arena mercante
  E eu era um palhaço sem graça vendido em leilão
  
  E eu olhava tudo calado
  E eu levava fé nessa mão
  E eu ouvia os preços gritados
  E eu calava o meu coração
  
  Quem dá mais por um cara que ousou acreditar nos seus
  Quem dá mais por um homem que insiste na palavra Deus
  Quem dá mais por um louco que discorda do computador
  Quem dá mais por um velho ultrapassado que ainda crê no amor
  
  Fui vendido afinal como tudo no grande mercado
  Mas meu medo acabou quando alguém me tocando falou:
  Este povo um dia já foi por meu pai perdoado
  E eu também fui vendido, pregado e nada mudou