Da Lua, da Rua, do Violão
Dauíh, Badabauei...
O tempo então passou
Meu canto antigo emudeceu
Parece que ele modificou
A lua, a rua, o violão
A lua se mudou
E a rua de saudade morreu
E tudo que esse tempo apagou
Maltrata e mata o coração.
A minha voz enfraqueceu
Lugares eu deixei
Até o violão envelheceu
Maria da janela
Nunca mais vai escutar.
No entanto o coração
Esquece de esquecer a canção
E hoje, o pinho meu
quer vibrar
Cansado e triste
vai lembrar...
Nauí, Badabauei...
A noite erá nascer
A lua companheira também
Na rua não se via ninguém
Até o samba começar
Depois um violão
E num acorde de verso nascer
Fazer o céu na canção
E ver o dia amanhecer.
De uma janela grande, então,
A moça namorada
Deixava aberto todo o coração
E via na calçada
Viola e cavaquinho
Tanto amor pra se cantar
Ah! Se eu pudesse ver
De novas que na rua o luar
Maria que eu não
posso esquecer
Do tempo que não vai voltar.
Dauí, Badabauei...
OBS.: Integra o repertório
do elepê "Vanusa 1971".