Grade Aberta
                          
                               O tempo é igual a uma porteira
  Que Deus quebrou a tramela
  Pro sofrimento pastar
  Vigio com todos
  os olhos que tenho
  Mas é em vão meu empenho
  Sempre alguém consegue entar
  
  Tomara que o mato cresça aqui perto
  Pra que esse meu campo aberto
  Ninguém mais queira invadir
  Que esse chão estéril nada vingue
  Nem brote amor que me obrigue
  Achar a chave de mim
  
  O tempo é igual a uma cadeia
  Que o diabo trancou por fora
  E depois perdeu a chave
  E eu luto com todas
  as forças que posso
  Mas é em vão meu esforço
  Esta grade não se abre
  Aguardo chegar
  um anjo qualquer
  Venha de onde vier
  Venha armado de um coração
  Sem asas, o brilho de serafim
  Mas com tanto amor
  que me ajude
  Achar a chave de mim
  
  Que me acuda, que me ajude!
  Achar a chave de mim!
  
  Que me acuda! (Que me acuda!)
  Que me ajude! (Que me ajude!)
  Achar a chave de mim!
  
  Que me acuda! (Que me acuda!)
  Que me ajude! (Que me ajude!)
  Achar a chave de mim!
  
  Que me acuda! (Que me acuda!)
  Que me ajude! (Que me ajude!)
  Achar a chave de mim!
  
  Que me acuda! (Que me acuda!)
  Que me ajude! (Que me ajude!)
  Achar a chave de mim!
  
  Que me acuda! (Que me acuda!)
  Que me ajude! (Que me ajude!)
  Achar a chave de mim!
  
  Que me acuda, que me ajude