A História da Morena Nua Que Abalou As Estruturas do Esplendor do Carnaval
                          
                               Se desfez dos adereços e se vestiu de nua
  Se banhou de purpurina ainda na concentração
  Padecer no anonimato despertou os seus desejos
  E lotada de alegria se entregou a multidão
  
  Não sabia o samba enredo mas sorrir sabia até de cor
  Uma flor recém formada, atrevida, linda e sensual
  Sob o olhar dos refletores, sempre doce imaginava
  Um imenso baile funk só que era carnaval
  
  Quanto mais a morena funkiava
  A galera ensandecida queria mais, pedia mais
  A morena enlouqueceu a bateria
  E a cadência foi ficando para trás
  
  
  Tamborins em desencontro enquanto o surdo atravessava
  Foi-se os pontos da escola no quesito de harmonia
  A coisa até o mestre-sala e a comissão de frente
  Se renderam aos pobres passos que a morena introduzia
  
  Momentaneamente cega pelos flashs da ilusão
  Mais um corpo de passista para a fama debutou
  Nem pensou quando falava numa rede de Tv
  Que foi por causa dela que a escola não ganhou
  
  Quanto mais a morena funkiava
  A galera ensandecida queria mais, pedia mais
  A morena enlouqueceu a bateria
  E a cadência foi ficando para trás