Beco dos Baleiros
Em minha rua, não há noite nem há dia.
não há vida nem há morte,
não há pranto e nem cantar.

A minha rua não é cheia nem vazia, não tem destino nem sorte, nem morte nem viajar.

Em minha rua não há chuva, não há frio. Não há calor nem estio. Não há rio nem há mar.
Nenhuma lua, nenhum sol, nenhum segredo. Não há glória não há medo. não há cor nem há olhar.

Em qualquer parte, na calçada ou no batente eu me deito eu me sento e pego meu violão.

Em qualquer parte talvez não seja direito eu me sento eu me deito preparo meu coração.

Deixo que o vento traga estampas coloridas em papeis de chocolate para cobrir minha canção.
Deixo que o vento traga a morte que eu não tive, traga a noite que não vive dentro do meu coração.(4x)