Tristeza do Jeca (Com Paulo Sérgio)
                          
                               Nestes versos tão singelos
  Minha bela, meu amor
  Pra você quero cantar
  O meu sofrer, a minha dor
  Sou igual o sabiá
  Que quando canta é só tristeza
  Desde o galho onde ele está
  
  Nesta viola eu canto e gemo de verdade
  Cada toada representa uma saudade
  
  Eu nasci naquela serra
  Num ranchinho beira-chão
  Todo cheio de buraco
  Onde a lua faz clarão
  Quando chega a madrugada
  Lá no alto a passarada
  Principia um barulhão
  
  Lá no mato tudo é triste
  Desde o jeito de falar
  Quando pega na viola
  Dá vontade de chorar
  Não tem um que cante alegre
  Todos vivem soluçando
  Chorando pra aliviar
  
  Vou parar com a viola
  Já não posso mais tocar
  Pois o jeca quando canta
  Dá vontade de chorar
  E o choro que vai caindo
  Devagar vai se sumindo
  Como as águas vão pro mar