Macunaima
                          
                               Vou-me embora, vou-me embora
  Eu aqui volto mais não
  Vou morar no infinito
  E virar constelação
  
  Portela apresenta
  Portela apresenta do folclore tradições
  Milagres do sertão à mata virgem
  Assombrada com mil tentações
  Cy, a rainha mãe do mato
  Macunaíma fascinou
  E ao luar se fez poema
  Mas ao filho encarnado
  Toda maldição legou
  
  Macunaíma indio, branco, catimbeiro
  Negro, sonso, feiticeiro
  Mata a cobra e dá um nó
  
  Cy em forma de estrela
  A Macunaíma dá
  Um talismã que ele perde e sai a vagar
  Canta o uirapuru e encanta
  Liberta a magoa do seu triste coração
  Negrinho do pastoreiro foi a sua salvação
  E derrotando o gigante
  Era o marques Piaimã
  Macunaíma volta com a muiraquitã
  Marupiara na luta e no amor
  Quando sua pedra para sempre o monstro levou
  O nosso herói assim cantou
  
  Vou-me embora, vou-me embora
  Eu aqui volto mais não
  Vou morar no infinito
  E virar constelação