Turba
                          
                               Seja qual for o dia de hoje
  Logo que amanheça
  Vamos sair sem pressa nenhuma
  À busca de um endereço
  A última loja, um canto profundo e fácil
  Claro que na calçada haverá
  Pessoas de toda a casta
  Nos servirão café com bolacha
  Dentro de sua casa
  Mas negarão os braços da sua esposa
  E na primeira esquina um balcão
  Cheio de novidades
  Vai cutucar o direito esquecido
  Daquela propriedade
  Mas não dirá que aquela não vale nada
  Nem que fosse dada
  Há montes de gente correndo na guia
  Há muita barriga a soluçar
  Bom dia, café com leite
  Bom dia planalto
  Que diabo o cinza desse asfalto