Malandro Medroso
Eu devo, não quero negar, mas te pagarei quando puder
Se o jogo permitir, se a polícia consentir e se Deus quiser...
Não pensa que eu fui ingrato, nem que fiz triste papel,
Hoje vi que o medo é o fato e eu não quero um pugilato
Com seu velho coronel.

A consciência agora me doeu
E eu evito (detesto a) concorrência, quem gosta de mim sou eu!
Neste momento, saudoso eu me retiro,
Pois teu velho é ciumento e pode me dar um tiro.

Se um dia ficares no mundo, sem ter nesta vida mais ninguém,
Hei de te dar meu carinho,
Onde um tem seu cantinho, dois vivem também...
Tu podes guardar o que eu te digo contando com a gratidão
E com o braço habilidoso de um malandro que é medroso,
Mas que tem bom coração.