Nunca... Jamais
                          
                               Meu bem,
  não me faça sofrer
  Tu queres ter
  liberdade demais
  Os homens
  tu conquistas um por um
  Sem amar nenhum
  Não, não pode ser
  Nunca...jamais
  Em tempo algum
  
  Qualquer dia eu morro de um acesso
  Só por ver o teu processo
  De iludir os coronéis
  Qualquer dia eu perco a paciência
  Digo uma inconveniência
  E depois te meto os pés
  E vou pagar vinte mil réis
  
  Deste a todo mundo tua mão
  E teu pobre coração
  Mas parece uma estalagem
  Para salvação o que desejo
  É mandar fazer o despejo
  Pra poder descer bagagem
  Mas é preciso ter coragem
  
  Nada de ti posso aproveitar
  Nada tens para me dar
  Nem tens nota pra pintura
  Todo mundo sabe que és pobre
  Não herdaste o sangue nobre
  E abusaste da feiúra
  Pra quem é pobre a lei é dura