Seu Jacinto
                          
                               O que eu sinto e não consinto
  É seu cinto se afrouxar
  Seu Jacinto aperta o cinto
  Bota as calças no lugar
  
  O seu Jacinto tinha que comprar feijão
  Mas não tinha um só tostão
  E o caixeiro estava duro
  Ele não gosta de pagar feijão à vista
  Porque sendo futurista
  Paga sempre pro futuro
  
  O seu Jacinto que é cheio de chiquê
  Eu não sei dizer por quê
  Dorme de cartola e fraque
  Anda dizendo que o seu sonho dourado
  É morrer esmigalhado
  Por um carro Cadillac
  
  O seu Jacinto já arranca a sobrancelha
  E só bebe mel de abelha
  Para ser um doce amor
  A tia dele que até hoje é melindrosa
  Quer ser leve e vaporosa
  E tomar banho de vapor
  
  Quando tem baile lá na casa da Teresa
  Ela faz pano de mesa
  Com o lençol que cobre a cama
  Bota nos copos água usada na banheira
  Depois diz à turma inteira
  Que é cerveja lá da Brahma