Minha Viola
                          
                               Minha viola
  Ta chorando com razão
  Por causa duma marvada
  Que roubou meu coração
  
  Eu não respeito cantadô que é respeitado
  Que no samba improvisado me quisé desafiá
  Inda outro dia fui cantá no galinheiro
  O galo andou o mês inteiro sem vontade de cantá
  Nesta cidade todo mundo se acautela
  Com a tal de febre amarela que não cansa de matá
  E a dona Chica que anda atrás de mal conselho
  Pinta o corpo de vermelho
  Pro amarelo não pegá
  
  Eu já jurei não jogá com seu Saldanha
  Que diz sempre que me ganha
  No tal jogo do bilhar
  Sapeca o taco nas bola de tal maneira
  Que eu espero a noite inteira pras bola carambolá
  Conheço um véio que tem a grande mania
  De fazê economia pra modelo de seus filho
  Não usa prato, nem moringa, nem caneca
  E quando senta é de cueca
  Prá não gastá os fundilho
  
  Eu tenho um sogro cansado dos regabofe
  Que procurou o Voronoff, doutô muito creditado
  E andam dizendo que o enxerto foi de gato
  Pois ele pula de quatro miando pelos telhado
  Aonde eu moro tem o Bloco dos Filante
  Que quase que a todo instante
  Um cigarro vem filá
  E os danado vem bancando inteligente
  Diz que tão com dor de dente
  Que o cigarro faz passá