Bodas de Prata
                          
                               Você fica deitada de olhos arregalados
  Ou andando no escuro de peignoir
  Não adiantou nada
  Cortar os cabelos e jogar no mar
  Não adiantou nada o banho de ervas
  Não adiantou nada o nome da outra
  No pano vermelho pro anjo das trevas
  Ele vai voltar tarde
  Cheirando à cerveja
  Se atirar de sapatos na cama vazia
  E dormir na hora mormurando: "Dora"
  Mas você é Maria
  Você fica deitada com medo do escuro
  
  Ouvindo bater no ouvido
  O coração descompassado
  É o tempo, Maria, te comendo feito traça