O Cavaleiro e Os Moinhos
                          
                               Acreditar na existência dourada do sol
  Mesmo que em plena boca
  Nos bata o açoite contínuo da noite
  Arrebentar a corrente que envolve o amanhã
  Despertar as espadas
  Varrer as esfinges das encruzilhadas
  Todo esse tempo foi igual a dormir no navio
  Sem fazer movimento
  Mas tecendo o fio da água e do vento
  
  Eu, baderneiro, me tornei cavaleiro,
  Malandramente, pelos caminhos
  Meu companheiro está armado até os dentes
  Já não há mais moinhos como os de antigamente
  
  Oh! Oh! Lara uê laiá
  Oh! Oh! Lara uê laiá