Madredeus
                          
                               Frente às estrelas
  Costas contra a madeira
  No ancoradouro
  De Madre Deus
  Meus olhos vão
  Com elas
  No vão
  Meu corpo todo desmede-se
  Despede-se de si
  Descola-se do então
  Do onde
  Longe do longe
  Some o limite
  Entre o chão e o não
  
  Frente ao infindo
  Costas contra o planeta
  Já sou a seta
  Sem direção
  Instintos e sentidos
  Extintos
  Mas sei-me indo
  E as coisas findas
  Muito mais que lindas
  Essas ficarão
  Dizia
  A poesia
  E agora nada
  Não mais nada, não