Olhos Verdes
                          
                               Vem de uma remota batucada
  Uma cadência bem marcada
  Que uma baiana tem no andar
  E nos seus requebros e maneiras
  Na graça toda das palmeiras
  Esguias, altaneiras
  A balançar
  São da cor do mar, da cor da mata
  Os olhos verdes da mulata
  São cismadores e fatais
  E um beijo ardente, perfumado
  Conserva o cravo do pecado
  De saborosos cambucás