Caco Velho
                          
                               Reside no subúrbio do Encantado
  Num barracão abandonado
  João de Tal
  Cabra falado
  E dizem que viveu fora da lei
  Foi um rei
  Que zombava da morte
  Tinha um santo forte
  No meio da gente bamba
  O seu prazer era tirar um samba
  Pulava, dava rasteira
  Topava briga de qualquer maneira
  Mas hoje é um caco velho
  Que não vale nada
  Tem a cabeça branca
  A pele encarquilhada
  Faz até pena ver o seu estado
  A vida é essa
  É um segundo que se esvai depressa
  Todos nós temos o nosso momento
  E depois dele o esquecimento