Augusta, Angélica e Consolação
                          
                               Augusta, graças a Deus,
  graças a Deus,
  entre você e a Angélica
  eu encontrei a Consolação
  que veio olhar por mim
  e me deu a mão.
  
  Augusta, que saudade,
  você era vaidosa,
  que saudade,
  e gastava o meu dinheiro,
  que saudade,
  com roupas importadas
  e outras bobagens.
  
  Angélica, que maldade,
  você sempre me deu bolo,
  que maldade,
  e até andava com a roupa,
  que maldade,
  cheirando a consultório médico,
  Angélica.
  
  Augusta, graças a Deus,
  graças a Deus,
  entre você e a Angélica
  eu encontrei a Consolação
  que veio olhar por mim
  e me deu a mão.
  
  Quando eu vi
  que o Largo dos Aflitos
  não era bastante largo
  pra caber minha aflição,
  eu fui morar na Estação da Luz,
  porque estava tudo escuro
  dentro do meu coração.