À Meia Noite dos Tambores Silenciosos
                          
                               O baque do maracatu estanca no ar
  Das lâmpadas apaga-se a luz branca no ar
  Na sombra donde somem cor e som, somos um
  Ao rés do chão, aos pés de Olorum
  
  Um lume no negrume vaga dentro de nós
  Um choro insonoro alaga o centro de nós
  Com fé ou não no axé, no São José, todos são
  Um nó, e tudo é só comoção
  
  Largo do Terço
  Quão largo, profundo
  Bendito é o teu rito
  que eu verso
  
  Em mantras, cantos brandos já ecoam no ar
  Em bando, pombas brancas já revoam no ar
  No chão, na vibração de nossas mãos, somos um
  Irmãos na evocação aos eguns
  
  Largo do terço
  Quão largo, profundo
  Bendito é o teu rito que eu verso