A Morte do Vaqueiro
                          
                               Ei, gado, oi....
  Numa tarde bem tristonha
  Gado muge sem parar
  Lamentando seu vaqueiro
  Que não vem mais aboiar
  Não vem mais aboiar
  Tão dolente a cantar
  Tengo, lengo, tengo, lengo,
  tengo, lengo, tengo
  
  Ei, gado, oi
  Bom vaqueiro nordestino
  Morre sem deixar tostão
  O seu nome é esquecido
  Nas quebradas do sertão
  Nunca mais ouvirão
  Seu cantar, meu irmão
  Tengo, lengo, tengo, lengo,
  tengo, lengo, tengo
  
  Ei, gado, oi
  Sacudido numa cova
  Desprezado do Senhor
  Só lembrado do cachorro
  Que inda chora
  A sua dor
  É demais, tanta dor
  A chorar, com amor
  
  Tengo, lengo, tengo, lengo,
  tengo, lengo, tengo
  Tengo, lengo, tengo, lengo,
  tengo, lengo, tengo
  Ei, gado, oi
  E... Ei.......