Canção da Rameira
                          
                               Clareira de capim queimado
  Cheiro de coisa que ardeu
  Resto de suor unido
  Corpos abraçando o chão
  Louca me mordendo a carne
  Me trincando os dentes
  Me roendo as forças
  Me fazendo escravo
  Do que eu mais possuo
  O sol castigando
  E eu desesperado
  Te peço desculpas
  Pelo corpo sujo
  Pela mão barrenta
  Com que te rasguei