O Mesmo Coração
                          
                               Não, diversas vezes não
  Não há porque negar
  Não uso da razão
  Na hora de cantar
  E é mesmo o coração quem rege o meu compasso
  Não, não sou tão racional
  Como era de esperar
  E a lúcida palavra que eu ia dizer
  Transforma-se num sopro em pura intuição
  E por qualquer razão
  Eu fico a mercê
  P'ra onde dessa vez, meu coração vai me levar
  "Meu coração não se cansa
  De ter esperança
  de um dia ser tudo o que quer
  Meu coração de criança
  Não é só a lembrança de um vulto feliz de mulher"
  Cantando um verso ou não
  é por assim dizer
  A musa da canção
  Que eu nunca vou fazer
  É o sopro da emoção
  Das que eu sempre fiz
  Não, diversas vezes, não
  Não há porque negar
  Não uso da razão
  Na hora de cantar
  E o jogo da emoção parece estar assim
  por mais inconsciência que possa parecer
  minha idade da razão
  hoje parece estar no fim
  "meu coração vagabundo que guardar o mundo em mim"